THE GOOD DOCTOR


Sabe aquelas séries que já nos primeiros minutos te prendem e você tem certeza que irá acompanhá-la até o ultimo episódio, mesmo que tenha várias temporadas e se passem anos? The Good Doctor é uma delas. E não só porque o personagem principal é um jovem médico autista, nem porque é do mesmo criador de House, mas porque é brilhante, sensível, correta.

Interpretação irretocável do ator britânico Freddie Highmore, sem estereótipo ou caricatura. A série nos faz pensar sobre as possibilidades laborais de autistas, uma preocupação constante desde que a família recebe diagnóstico, sobretudo dependendo do perfil dentro do espectro.

O jovem médico atém de TEA tem savantismo, condição rara de um tipo de inteligência muito acima da média. Oliver Sacks fala disso no livro Um Antropólogo em Marte, do qual já falei aqui. Não é o caso da maioria das pessoas com autismo, ao contrário, boa parte delas está abaixo, com frequente comorbidade de Deficiência Intelectual. Segundo estudos a prevalência seria em 70% dos casos, mas há críticas metodológicas às avaliações de inteligência em pessoas com TEA.

Espero que seja renovada para novas temporadas, e a julgar pela ótima audiência, superou até mesmo The Big Bang Theory na audiência americana (falarei do Sheldon e seu possível autismo em outro post), é provável que sim.

A série é baseada na original coreana, sendo pra maioria de nós ocidentais o remake é melhor, pelo menos pra mim, já que a plástica e interpretação está mais próximo do que estou habituado. O canal no YouTube AKTVasta fez um vídeo comparando os personagens das duas versões. Vale a pena ver, confira abaixo:



Publicado Originalmente em (Adaptado): Tons de Azul