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LANA

Fui o primeiro da família a te trazer para casa
O último a te carregar nos braços em despedida
A te tocar em adeus agora que nos deixou

Amor recíproco quando nos olhávamos
Em todo lugar dos meus dias em que você estava
Quase doze anos de sua presença

Você foi uma cadelinha muito amada
E superabundou de alegria a minha existência
Meu coração sempre será repleto de você, Lana

MENININHA

O azul em objetos no silêncio
Sou eu em cada um deles
É você em cada série ausente
Pizza, fogo e sol

Te desenhei um novo mundo
Você me arrebatou do meu
Buggy, laptop e prancha
Emoções e outras bobagens

Todo Pigmalião um dia
Precisa de uma menininha

ELEGIA AO TIO ALDEMAR

Você me fez ver mais de Deus
Em fragmentos existenciais síncronos
Dos efêmeros lugares e tempos juntos

Perdurável, porém, o que inscreveu em mim
Que já faz parte de quem sou
Chamam-me Lorde pelo gentleman que você foi
– Além da criação de Oscar Wilde
Sobretudo com as mulheres, especialmente sua amada

Eu, discípulo, sigo aprendendo
Seu paradigma como guia
Você está em mim mais que pelos genes
Está em espírito
– Mesmo eu agora já tão cético e racional
Emoções neurocientíficas

Um de meus primeiros leitores-incentivo
Acreditou que eu seria escritor
– Não seria sem palavras o que ora digo
Sentir materialmente-transcendentemente
Seu itinerário final sobre a Terra
Consciência de finitude?
– Teoricamente, teorias da mente (e cérebro)

Em minhas memórias neuropsicológicas
Você será devir constante
Porque em mim, dileto Tio, você ainda é

TRANSIÇÃO



Em qualquer lugar em que eu estiver as estrelas serão azuis
Mesmo sem teto verei seus tons

Minha cor permanecerá a mesma
Diagnóstico preso numa canção de blues

Sempre fui temporário
O instante insatisfeito do paroxismo
Quatro passagens de tempo é só mais um número arbitrário

Nunca estive em casa, pensamento sem formas de encaixe
Disfuncionais

Na sua, talvez por um momento
Até fiz barulho, fui eu
Algo de adulto, paleta maior de cores
Para além da constância do azul

Mas eis que se apresentam um novo festival de salas
Vazios a serem imaginados
Lugares por desenhar
Chuveiros que não aplacam o calor

Sincronia dos móveis daquele que nunca teve relação com o tempo
E eu que tudo experimento no agora, sem mudanças
Porque constante, intenso – embora racional

Sinto tudo a memória inteira

Meu lugar é minha mente
Escondida, quem sabe, em algum lugar do cérebro
Pilhas de endereços paralelos

Sinestesia bagunçando sentidos
Muito mais que branco, bem mais que vermelho
Sempre presente com quem melhor se torna
Por elas feito estranho na descrição

Tudo bem agora, mas e no futuro?
Serão devir, significarão páginas escritas
Serei eu?

CORAÇÃO AZUL

Insisti na magia dos seus olhos
Ponte para um universo paralelo
Com portas abertas para um teatro mágico
Algo inexplicável gritava com seu sorriso
Do palco que não resiste ao método científico
Das luzes de corações azuis
Mediados pela fibra ótica flutuante
Mesmo que dali a 81 dias resistente

Performances jogaram corpos em descoberta
Cortinas se abriram para o indefinido
Momento mágico de um quarto
Explosão quântica de um universo incontido
Dali em diante se desconheceu a forma
Virou epistemologia de movimento antropofágico
Ao sabor metafísico de chocolate numa torre
Luz rápida 1/8000 no obturador da câmera

Enamoramento que transborda em abraço
Laço que prende os ponteiros do relógio 
Conexões neuronais focadas no espetáculo
Dos nexos todos estelares contidos nesse ato
Descartes errou, assim como Damásio
A magia transcende as teorias e as evidências
Percepção confunde palco e plateia
E a sinestesia pinta 8 horas em tons de azul

Sd – R – Sr+

O peso da sua espontaneidade
Sobrecarregou meus protocolos

Sua força gravitacional em minha existência
Desvelou meu espectro
Forçou a atração do meu casulo

Do meu eu otaku
De mim comigo mesmo
Do meu próprio mundo
Do meu eu DSM e CID
Medos disfuncionais

Bagunçou meus livros na estante
Classificados segundo Dewey
Me fez ver DivertidaMente
Apontou minhas emoções
E eu as procurei nos indexadores acadêmicos
Descritores racionais da poesia do agora

Você é peso, é força
Contestação de minha metodologia

Pela primeira vez a caminho do sol
Mistério da criação de vida
Com uma ou outra explicação científica
Da força de sua presença
“Do bem que você promove a este ser antes estéril”
Como na canção de Erick Oliveira* que mandei pra você

Sd – R – Sr+
Caos beijando cosmos
Perdi minhas referências
Embaralhei minhas crenças

Meu devir porém
Deseja sua espontaneidade constante
A capturar meu sorriso

Não me limito mais aos conceitos
Experencio a existência
Mesmo através da raiva
Amor...
Tomás de Aquino não é só mais um livro na estante
Não mais só aula de filosofia

Você decolonizou minhas paixões
Oprimidas há tempos pelo meu tão concreto cérebro

Grafitou minha neurobiologia
Poetizou meu ser tese
Coloriu meus tons de azul

Estou andando sem meus mapas
Sem meu Waze
Sentindo e não só pensando
Chega de trilhos de trem
Quero trilhas com você


*O Bem-Ser, canção perfeita do meu amigo e cantor incrível. Curta: Erick Oliveira

SOBREPOSTOS

Sua espontaneidade captura meu sorriso
E eu a invado de sonhos de menina
Desconstruímos o que era posto
Agora sobrepostos autenticamente
Significando cada momento
Paroxismo predestinado ao fim do dia
Ou a noite dos espíritos livres

Diferenças subvertidas por desejos
Verdades reveladas por olhares
Confeccionamos planos loucos
Sem nunca desenhar a normalidade
Nossa condição para a existência

Narrativa natural e exclusiva
Impensada pelos comuns
Cenários e roteiros inusitados
A duvidar que não há câmeras
Ou personagens criados em alucinações

Pode-se falar de sentimentos?
De pensamentos?
Ou até de estímulo e resposta?
Discutir Kant
Crítica da Razão Pura
Perguntas fundamentais
A mim que sou tão racional
E até se converter
Ao material mágico da realidade
A que for plausível à percepção
A que for criatividade

O que for nosso
O que for
Porque já é

PERDIDOS NO TEMPO


Estivemos por todo o tempo assíncronos
No hipertexto de nossa narrativa
Desde que soube primeiro seu nome
E você desconhecia meu olhar
Dos códigos das redes sociais
Lugar primeiro da nossa sala existencial
À saudação em ciclos distintos de Morfeu
Mas o tempo se formou em nova tela
E a chuva superabundou as cores
E a física quântica deu espaço a química
E a bioquímica invadiu a neurociência
Disputando em filosofias da mente
Tornando termodinâmica a psicologia dos corpos
Ao som das minhas canções secretas
Nos perdemos no tempo como dimensão
Reforçadores absolutos de cada pulsar
Mesmos que sobre poucos dias até aqui criados
Temos distância dos passos sobre os anos
Partilhamos até princípios de incerteza
Mas enquanto as águas vierem dos sonhos
Fenomenologicamente fotografadas
Em nossos pensamentos num único instante
Sua existência não mais será suposição
Não mais desconfiarei dos ponteiros imóveis do relógio

Fonte da Foto: sagittariusssss

PLANO ESPONTÂNEO

quebrada a maldição
o plano encontrou o jogo
green background
tequila from Tequila
atração vulcânica 

sua pele a cor mais quente
seu cheiro chama e inflama
convulsiona a neuroquímica

e seus olhos confirmam
o erro de Descartes
ou sua incompletude

coisa de psicoterapia
coisa de discutir psicologia
coisas interessantes
como você
confirmação narcisista
sensopercepção apurada
em meios aos outros
o acerto de Oscar Wilde

Casillero del Diablo
pra guardar o momento
pra tatuar a existência
significar com Aristóteles
zoé e bios

VOCÊ

Hoje vi mais uma vez
O vídeo que fiz de você
Primeiríssimo plano de sua beleza
Do seu sorriso que extrai o melhor de mim.

Vejo o que guardarei de você
Mesmo que o tempo faça novos desenhos
Que meus olhos me enganem em novas percepções
Que minha memória mude as cores e os gestos.

Lembrarei com a alma
A felicidade de ser amado por você
Do quanto seu rosto continha luz ao estar comigo.

Mesmo que eu tema o fim de minha existência
Em você encontrei meu significado
Ficarei em alguém
Que dirá para muitos sobre mim
E já não serei tão rapidamente esquecido.

E mesmo quando pararem de falar
A energia imortal do nosso amor
Contaminará novos grandes encontros
Pelas múltiplas eras que virão.

CÂMBIO



tudo muda
todas as coisas
mutantes
mutação mutila
meu mutismo
clichê permanente
crisálida ávida
medrosa
gelo na fotografia
geléia na geladeira
desbota
desbravador desbrio
debrea
a troca
Dorian Gray chora
        eu e eu mesmo
        análogo
        nisso tudo
        similar
        niilista
        nimboso
        stop motion
        monção sem moção
              fim de mês
              fim de ano
              a fim de mim

INTERESSANTE

olho pra você constantemente
na inútil tentativa de decifrar a mágica
coreografada em minha memória
no primeiro momento que te percebi
soube como sei ainda mais agora
que faria parte de minha vida
contribuiria com o que sou
porque em si você contém
quase transbordante
o ato interessante
da atriz que há um só tempo
deseja e é
vários papéis, aventuras diversas
inconstantes personas
eis-me como tua platéia
na primeira fila
mentes para mim?
verdades absolutas?
representações diversas?
sou roteirista, sou diretor
criador de mundos
moldador de talentos
ouça minha voz
você tem o dom
quer ser estrela?
fazer de sua existência espetáculo?
siga-me

MEMÓRIA

as músicas que eu ouvia
não ouço mais
os filmes que me inspiravam
não inspiram mais
os livros que me marcavam
não marcam mais
onde estão os amigos e as experiências de outrora?
o que acontece com o passado
por nós maquiado
causador de saudade?

pra que tanta gente
pra que tanta fala
pra que tanto tempo
se desaparecemos
se nos transformamos
se somos quem devíamos ser
não quem queremos

por que não podemos por nas mãos as lembranças?
por que deixar coisas e pessoas pelo caminho?
por que não podemos ser inteiros?

por qual motivo temos de ter consciência?

o que quero é férias de mim mesmo
e um pouco de riso
amigos com tempo
beijos sinceros
relacionamentos sem jogos

não tenho, mea culpa, obsessão pelo sofrimento
quero tudo de volta
viver de novo, não errar mais
pedir perdão aos que magoei
não sou sacerdote, desculpe
sou profeta da liberdade

preciso do que restou na caixa de Pandora
e ter esperança
de um céu particular onde me esperam
um sábio pra responder minhas perguntas
e o tal do Livro da Vida
com tudo que fiz, senti e pensei
pra que eu descubra, finalmente, quem sou

Publicado originalmente no zine Os Putos e as Donzelas # 10 (Jul/Ago de 2006) do grupo literário Luminários.

O AMOR NÃO ACABA QUANDO A VELHICE CHEGA

quando formos velhos
e o tempo tiver me transformado em outro
e eu já não recorde dos melhores anos de minha existência
lembre-me o quanto fui feliz com você
em quantas vezes disse que te amava num só dia
de como eu olhava para você
e nada mais importava
de como eu quis parar o tempo
ser senhor da própria história
e escreve-la apenas com você
a pessoa mais importante da minha vida
a quem amei acima de tudo e de todos
lembre-me de quem eu era
mesmo que seja de como você me via
diga-me que cumprimos a lista das coisas que faríamos juntos
que o amor proibido foi revelado
e nos casamos naquela igreja
e seguimos aquela estrada
até aquele lugar
prove-me que encontrei o que buscava
que tive a grande idéia
e não serei esquecido
ainda que me interpretem errado
e me biografem inverdades
traga a caixa com nossos retratos
momentos congelados de quem fomos
sorrisos de dias que importaram
memórias desses anos em que te disse
eu amo você meu amor
você é minha razão de viver
fomos escolhidos
viveremos felizes para sempre
até morrermos juntos
porque, prometemos um ao outro,
ou os dois vivem
ou os dois morrem

Publicado originalmente no jornal O Povo de 10 de junho de 2007

CRAZY DIAMOND

Ver o que ninguém mais vê é possível
disse-te no instante mágico
quando eu mesmo vi e olhei
para insatisfação de meu cético espírito
que não enxerga nos outros
correspondentes de existência
tua imagem rasgada
da fotografia dos demais

Vi em teus sonhos desejos
para a minha pregação agora ouvida
Crazy Diamond te batizei
em meu universo paralelo
refúgio de mim mesmo

Foste para lá na carruagem negra que fiz para ti
e choram minhas criaturas imaginárias
pelo real que representas
em meus devaneios oníricos
e quando ainda respiras por aí
quando me distraio em afazeres mundanos

Já posso brigar com Freud
e jogar fora o Prozac
converti-me a ti
a oração assindética é mais forte

Publicado originalmente no zine Os Putos e as Donzelas # 09 (Mai/Jun de 2006) do grupo literário Luminários.

SCARCITY


The action figure of Batman is in the shelf
You know my details
The black of his uniform
He reminds me the black of your dress
Of when you came to me
Insight of the muse that made love
And the color of that night
It was added to the color of the gift not used

The same that is used to say good-bye of somebody

Your color, so white, didn't contrast with the color of the gift
That became incomplete
The image of the black dress stays and of your white color
Of the night in that we met each other

And how it contained light!
(Or not)
Impossible to contain so much shine

This is the memory that I keep

The same of when, vulnerable, I was in your lap
The same that it didn't get the kiss, perhaps childish, under water
The same of when we dreamed the world lied down at the beach
The same of when we left without a destination and happy
Of your discomfort with the silence
The same of the exaggerating kisses to each car stop
(So much will!)

The same of so much content that would break the continent

Everything that comes from you
You does me more me
You place me among the ones that they savor the life
Until when I am more pessimistic
I learned new meanings for the verb to challenge
(You like to be challenged)

It is surprised

And I like the color of the night that brought her it until me
And the one that desire is that is always night
(I am of the night, you know)

But when I had you, the sun, the sea and the wind
Until I forgot Dioniso
I wanted Apolo
A pub in the beach, hair parafinado
I always forget final of movies and books
I block the farewells
I only believe in find again

Forever and ever

He had made him the promise in the swimming pool
(The same of the kiss not given)
Modern place for fairy stories
Anything of “in a kingdom far far away”
But the promises still exist
Crazy Gods live of them
They believe in love affair

Publicado originalmente no zine Os Putos e as Donzelas # 19 (Jan/Fev de 2008) do grupo literário Luminários.

OI

Oi,
só queria te dizer que essa noite dormi muito bem.
Seu sorriso, em nosso breve reencontro, foi meu acalanto.
Evidente,
troquei um livro por você,
algo inusitado em mim,
mas a lembrança da sinceridade de seus olhos,
iguais por todos esses anos
(quando nos falamos da última vez você era uma adolescente
hoje uma mulher, segura de si e absolutamente linda!)
Fez cegos os meus, desconcentrou-me.
Seu olhar posto em mim
como se mais nada visse em redor de onde estávamos,
em busca de meu eu passado
desconcertaram-me.
Parte daquele passado está aqui dentro,
perdido e paciente.
Sou pouco daquele que está em tua memória
ainda que, essencialmente, o mesmo.
Creio em Deus.
Creio também em você.
E tento me ver em suas lembranças,
em suas muitas perguntas.
Juntar os pedaços de mim mesmo
que há muito se partiu em muitos.
Minha busca é constante
não consigo me limitar a um só canto
nem a um só conto.
Sou poesia
pouco ficou em mim de teologia.
Nem sei se é melhor o caminho em si
ou a descoberta de um
ou a invenção de outro.
A verdade é que dormi como naquele tempo,
sem ansiedade e sem depressão
com você em meus sonhos
com a oração que fez pra mim.
Saiba apenas que as verdades que eu disse
não são menos verdades
porque hoje sou menos eu daquele que está em você.
Te adoro. Infinitamente.

Publicado originalmente no zine Os Putos e as Donzelas # 10 (Jul/Ago de 2006) do grupo literário Luminários.

SCARCITY

O boneco do Batman está na estante
Você conhece meus detalhes
O preto do uniforme dele
Lembra-me o preto de seu vestido
De quando veio até mim
Insight da musa que fazia amor
E a cor daquela noite
Somou-se à cor do presente não usado

A mesma que se usa para se despedir de alguém

Sua cor, tão clara, não contrastava com a cor do presente
Que se tornou incompleto
Permanece a imagem do vestido preto e de sua cor branca
Da noite em que nos conhecemos

E como continha luz!
(Ou não)
Impossível conter tanto brilho

Eis a lembrança que guardo

A mesma de quando, vulnerável, estive em seu colo
A mesma que não conseguiu o beijo, talvez pueril, debaixo d’água
A mesma de quando sonhamos o mundo deitados na praia
A mesma de quando saíamos sem destino e felizes
Do seu desconforto com o silêncio
A mesma dos beijos exagerados a cada parada de carro
(vontade tanta!)

A mesma de tanto conteúdo que romperia o continente

Tudo que vem de você
Me faz mais eu
Você me coloca entre os que saboreiam a vida
Até quando sou mais pessimista
Aprendi novos significados para o verbo desafiar
(você mesmo adora ser desafiada)

E surpreendida

E eu adoro a cor da noite que a trouxe até mim
E o que desejo é que seja noite sempre
(sou da noite, você sabe)

Mas quando tive você, o sol, o mar e o vento
Até esqueci Dioniso
Desejei Apolo
Um bar na praia, cabelo parafinado

Sempre esqueço finais de filmes e livros
Bloqueio as despedidas
Só acredito em reencontros

Forever and ever

Ele fizera-lhe a promessa na piscina
(a mesma do beijo não dado)
Lugar moderno para contos de fada
Nada de reino muito muito distante
Mas as promessas ainda existem
Deuses loucos vivem delas
Eles acreditam em romances


Scarcity foi publicada no Zine Os Putos e as Donzelas, primeiramente em Inglês. Para ver a versão original:  Scarcity - Versão Original em Inglês

PAIXÕES

Em beijos antropofágicos 
O universo cambiava 
Ela dizia: "Vamos mudá-lo." 
Eu dizia: "Comecemos agora!" 
E planejávamos filosofias e verdades.