HERMÉTICO



Eu caminho solitário no nada absoluto.

No princípio de tudo.

Na casa das idéias. Milhões a cada segundo. Inclusive a contagem de unidades e de tempo.

Penso criativamente em milhares de línguas a um só tempo. Inclusive o português limitado desse escritor tão distante ainda do arqué e desse suposto ponto do tempo. Na verdade em mim não há essas divisões. O escriba escreve com a sombra de minha idéia de caneta, digo isso a Platão em algum ponto da idéia de história. E mais tarde concebe o “passar a limpo”, nuances de linguagem, em seu laptop LG dentre tantas outras marcas que crio.

O autor para e pensa no que escreve, o que eu já de antemão previra. Sabia que escreveria esse texto em post it, uma das grandes sacadas que tive. Tudo pensado milimetricamente. Até fios de cabelo, como a bem empregada imagem poética do evangelho de Lucas. Aliás, autores são partes de mim que gosto muitíssimo. São minhas porções criativas. Predestinados com o gene da criação e da criatividade.

Do meu êxtase ao conceber o mundo...

Nesse ponto o autor reflete se predestinado a um destino escrito num romance que não dele ou predestinado a livres escolhas ou a sinopses pré-escritas de circunstâncias que o fazem escolher de forma não tão livre assim.

Mas segue escrevendo seguindo a inspiração da tal musa. Outra divina invenção? Ou sinapses elétricas? Ou retalhos de leituras e experiências que num caldeirão existencial o trouxeram até aqui?