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CÂMBIO
tudo muda
todas as coisas
mutantes
mutação mutila
meu mutismo
clichê permanente
crisálida ávida
medrosa
gelo na fotografia
geléia na geladeira
desbota
desbravador desbrio
debrea
a troca
Dorian Gray chora
eu e eu mesmo
análogo
nisso tudo
similar
niilista
nimboso
stop motion
monção sem moção
fim de mês
fim de ano
a fim de mim
SCARCITY
The action figure of Batman is in the shelf
You know my details
The black of his uniform
He reminds me the black of your dress
Of when you came to me
Insight of the muse that made love
And the color of that night
It was added to the color of the gift not used
The same that is used to say good-bye of somebody
Your color, so white, didn't contrast with the color of the gift
That became incomplete
The image of the black dress stays and of your white color
Of the night in that we met each other
And how it contained light!
(Or not)
Impossible to contain so much shine
This is the memory that I keep
The same of when, vulnerable, I was in your lap
The same that it didn't get the kiss, perhaps childish, under water
The same of when we dreamed the world lied down at the beach
The same of when we left without a destination and happy
Of your discomfort with the silence
The same of the exaggerating kisses to each car stop
(So much will!)
The same of so much content that would break the continent
Everything that comes from you
You does me more me
You place me among the ones that they savor the life
Until when I am more pessimistic
I learned new meanings for the verb to challenge
(You like to be challenged)
It is surprised
And I like the color of the night that brought her it until me
And the one that desire is that is always night
(I am of the night, you know)
But when I had you, the sun, the sea and the wind
Until I forgot Dioniso
I wanted Apolo
A pub in the beach, hair parafinado
I always forget final of movies and books
I block the farewells
I only believe in find again
Forever and ever
He had made him the promise in the swimming pool
(The same of the kiss not given)
Modern place for fairy stories
Anything of “in a kingdom far far away”
But the promises still exist
Crazy Gods live of them
They believe in love affair
Publicado originalmente no zine Os Putos e as Donzelas # 19 (Jan/Fev de 2008) do grupo literário Luminários.
HERMÉTICO
Eu caminho solitário no nada absoluto.
No princípio de tudo.
Na casa das idéias. Milhões a cada segundo. Inclusive a contagem de unidades e de tempo.
Penso criativamente em milhares de línguas a um só tempo. Inclusive o português limitado desse escritor tão distante ainda do arqué e desse suposto ponto do tempo. Na verdade em mim não há essas divisões. O escriba escreve com a sombra de minha idéia de caneta, digo isso a Platão em algum ponto da idéia de história. E mais tarde concebe o “passar a limpo”, nuances de linguagem, em seu laptop LG dentre tantas outras marcas que crio.
O autor para e pensa no que escreve, o que eu já de antemão previra. Sabia que escreveria esse texto em post it, uma das grandes sacadas que tive. Tudo pensado milimetricamente. Até fios de cabelo, como a bem empregada imagem poética do evangelho de Lucas. Aliás, autores são partes de mim que gosto muitíssimo. São minhas porções criativas. Predestinados com o gene da criação e da criatividade.
Do meu êxtase ao conceber o mundo...
Nesse ponto o autor reflete se predestinado a um destino escrito num romance que não dele ou predestinado a livres escolhas ou a sinopses pré-escritas de circunstâncias que o fazem escolher de forma não tão livre assim.
Mas segue escrevendo seguindo a inspiração da tal musa. Outra divina invenção? Ou sinapses elétricas? Ou retalhos de leituras e experiências que num caldeirão existencial o trouxeram até aqui?
No princípio de tudo.
Na casa das idéias. Milhões a cada segundo. Inclusive a contagem de unidades e de tempo.
Penso criativamente em milhares de línguas a um só tempo. Inclusive o português limitado desse escritor tão distante ainda do arqué e desse suposto ponto do tempo. Na verdade em mim não há essas divisões. O escriba escreve com a sombra de minha idéia de caneta, digo isso a Platão em algum ponto da idéia de história. E mais tarde concebe o “passar a limpo”, nuances de linguagem, em seu laptop LG dentre tantas outras marcas que crio.
O autor para e pensa no que escreve, o que eu já de antemão previra. Sabia que escreveria esse texto em post it, uma das grandes sacadas que tive. Tudo pensado milimetricamente. Até fios de cabelo, como a bem empregada imagem poética do evangelho de Lucas. Aliás, autores são partes de mim que gosto muitíssimo. São minhas porções criativas. Predestinados com o gene da criação e da criatividade.
Do meu êxtase ao conceber o mundo...
Nesse ponto o autor reflete se predestinado a um destino escrito num romance que não dele ou predestinado a livres escolhas ou a sinopses pré-escritas de circunstâncias que o fazem escolher de forma não tão livre assim.
Mas segue escrevendo seguindo a inspiração da tal musa. Outra divina invenção? Ou sinapses elétricas? Ou retalhos de leituras e experiências que num caldeirão existencial o trouxeram até aqui?
OBRIGADO, COLÉGIO PERBOYRE E SILVA
E nesses 50 anos que a escola está completando só posso agradecer por todos os frutos maravilhosos que lá colhi. Estudei com alguns colegas que foram e ainda são meus melhores amigos, como o Clodoaldo. Muito do que sou hoje são faces e facetas de minha história naqueles corredores e salas. Em estudos, conversas paralelas, fugas cinematográficas para se livrar das aulas, namoricos, discussões, brigas, elucubrações e descobertas. Foi onde descobri que não levava jeito para os esportes, mas foi também onde descobri que podia ser escritor. Aliás, foi lá que duas professoras acreditaram antes de mim mesmo que eu podia escrever. A Profa. Áurea e também a Profa. Maria Helena Russo, de quem, anos depois, eu tive a honra de ser colega.
Dois de meus melhores e queridos amigos, com quem muito aprontei nos anos de aluno se tornaram também colegas de trabalho no meu tempo de professor. Deassis e Freitas. E nesse período de professor três colegas se tornaram amigos. Allan, Paula e Ana Paula.
Vários alunos também se tornaram amigos, três deles bem próximos. Acélio, Amaury e Kellson. E juntos com Ritiélly e Vanessa, também alunas, criamos um grupo literário hoje conhecido e reconhecido na cena underground de várias partes do país, os Luminários. E folgo em dizer que todos os cinco estão hoje na faculdade, o que me deixa bastante orgulhoso deles.
Até relacionamentos amorosos tive lá.
O “colégio”, modo que nos referimos a esta querida escola, talvez por acharmos que ela seja de fato “o” colégio de Redenção, por não termos dúvida de que seja realmente o melhor, me deu, quando ainda aluno, amigos verdadeiros, aprendizagens eternas e a convicção de uma carreira através da escrita. Quando professor me deu mais amigos e também subsídios profissionais e intelectuais que emprego na política profissional do Instituto Maria Ester e da Fundação Maria Ester, as quais, entre outras áreas, atuam na assessoria educacional.
Hoje estou como admirador e agradeço por todos os encontros e desencontros que lá protagonizei e pelos episódios e cenas dos quais fui platéia. Hoje só parabenizo por suas bodas de ouro. Hoje só me delicio nas memórias de meu hipocampo. Hoje só me reencontro existencialmente nos vários colegas com quem ali contracenei como a Rosângela, o Seu Neném e a Rita. Hoje só pontuo tudo que ensinei e tudo que aprendi com meus alunos, como o Glawber, o Ézio e a Monyk (que também estão na faculdade) e tantos outros que me marcaram. Hoje declaro meu orgulho cenecista (desculpem-me as outras escolas onde já estudei, dei aulas ou oficinas). Hoje só tiro o chapéu e digo obrigado, colégio Perboyre e Silva.
Na ocasião da festa do reecontro os ex-professores foram homenageados com um cordel de autoria do poeta Ari. A estrofe que faz referência a mim, transcrevi abaixo:
Marcelo, grande amigo,
Na Literatura e Redação
Ensinava com muita garra
De acordo com a precisão,
Pois era bamba nos assuntos
Que juntando todos juntos
CURRÍCULO GEEK
Já revelei filmes fotográficos em salas escuras, tive câmeras amadoras analógicas, fiz cadeira de fotografia analógica na faculdade com câmera profissional, aprendendo a usar rolos, revelá-los e ampliá-los. E ao perguntar ao meu professor se deveria comprar uma câmera dessas pra mim ele me respondeu dizendo que só se eu estivesse louco. Aquela seria a última cadeira de fotografia que a universidade oferecia sem ser digital. Hoje só uso câmera digital. Tenho uma amadora e uma semiprofissional e namoro uma profissional que fica na vitrine de uma loja do shopping Iguatemi. Câmeras de vídeo usei várias daquelas que gravam direto no VHS seja no formato convencional ou pequeno. Hoje, claro, só uso filmadoras digitais. Contudo, ainda não tive o prazer de usar uma profissional.
Comecei a escrever meus textos numa máquina de escrever portátil que ainda guardo, dada por meu irmão mais velho. Hoje posto diretamente no blog na internet. E administro diversas contas de sites e redes sociais de clientes do meu escritório. Tive vários computadores, sendo que o primeiro deles tinha um HD com capacidade de espaço nove vezes menor que um de meus pendrives atuais. Hoje uso um notebook, um netbook (tudo, na verdade, é laptop) e um desktop e ando pesquisando smartfones. Aliás, o meu primeiro celular mais parecia um peso de papel. Hoje tira fotos, tem tocador de Mp3, rádio e gravador de voz. Quando estava na faculdade ainda usei gravador de voz para pesquisas, daqueles de mini K7. Ainda o guardo comigo e os mini K7 com as entrevistas. Já usei celulares de várias marcas e de várias operadoras.
Já li centenas de livros. Em formato convencional e físico, claro. Ainda os adoro. Nunca gostei de ler e-book no computador. Ouvi dezenas de Audiobooks e agora, com meu leitor digital, pretendo aderir aos e-books. Em breve comprarei um tablet também, para ler livros e revistas em cores, sobretudo quadrinhos, outra de minhas paixões. Já comprei livros por telefone, em diversas livrarias, hoje a maior parte das minhas compras é feita pela internet, sobretudo na Saraiva e no Submarino. Já participei até de clubes de livros e de CDs por correspondência.
Sou cinéfilo. Assisti a milhares de filmes. Minha primeira ida ao cinema foi com minha irmã e minha mãe. Era bem pequeno, fomos ver um filme dos Trapalhões. Não me concentrei muito, fiquei brincando de trocar de lugar na sala quase vazia. Não foi um momento especial em minha memória. Mas hoje acho o cinema um lugar mágico. Assisti a muitos VHS, tendo de rebobinar sempre as fitas, tenho centenas de DVDs e recentemente aderi também ao Bluray (que talvez já tenha nascido obsoleto). Mas baixo da internet muitos filmes antigos que não são encontrados à venda nem para aluguel em locadoras, em formato Avi ou RMVB.
Já usei internet discada (e lenta a 56 Kbps), participei de salas de bate papo, hoje uso o MSN, com minha Banda Larga GVT ou no modem 3G da vivo. Usei até o Cadê?, mas me rendi a todos os serviços do Google. Uso Twitter, Orkut, Facebook, Formspringme, O Livreiro e outros mais.
Tive TV em minha casa quando criança tanto preto e branco como em cores. Usei tubo de tela curva, de tela plana. Hoje tenho LCD Full HD.
Videogames já usei vários consoles e joguei dezenas de games. Desde os primeiros, como Atari e Odissey, passando por Super Nintendo e Mega Drive e agora Wii, Xbox 360 e Playstation 3. Joguei games portáteis e de celular. E também joguei vários jogos de tabuleiro com amigos, que adoro. War, Banco Imobiliário, Jogo da Vida, Detetive e muitos outros. Joguei até bola de gude, peão e soltei pipa. Jogo bem boliche e tênis de mesa, mas nas duas modalidades no Wii Sports Resort sou melhor ainda. Já brinquei até com tamagotchi.
Já enviei e ainda o faço, muitas cartas de amor, mas também já usei muito SMS e MMS, sou craque no teclado alfanumérico e também no QWERTY.
Tenho visto o declínio de tecnologias antigas e o surgimento de outras. Desejo assistir a esse ciclo ainda muitas e muitas vezes.
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PRISÃO PARTICULAR
Tenho cinquenta e poucos anos. Não falo dos poucos porque há muito os perdi conscientemente de minha contagem. Não faço mais anos, me escondo da inexorabilidade da velhice que me chama a cada instante. Ela não me seduz, mas com ela me casarei num amor fadado ao fim. Queria ter morrido na adolescência. Feliz e realizado. Morrido em um acidente de carro ao participar de pegas ou de overdose, tentando tirar a essência da vida, tentando descobrir quem era. Abstive-me sempre dos prazeres pequenos, de mentir, de dançar, de transar loucamente com pessoas sem nome. De perder a consciência e o juízo para o álcool. De viajar levando apenas uma mochila com coragem e curiosidade. Desde pequeno acho que nasci no corpo errado. Vejo-me no espelho e não me reconheço. Aquele não sou eu. Vejo-me diferente. E esse corpo, esse rosto, representam quem não sou e contam mentiras sobre mim para quem se aproxima. Represento um papel através dele. Queria ter sido camaleão, mutável, corpo de amante latino, suor e sedução, mas me contive covardemente com o não-eu imposto por meu físico. Não vivi o que gostaria com medo de me transformar, de sair do comum biótipo a que estive condenado a existir. De páginas amareladas de psicologias superadas numa biblioteca empoeirada aprendi que sou ectomorfo. Minha vontade era ser mesomorfo, quem sabe meu comportamento seria outro, condizente com o que sempre quis ser. Nasci no corpo errado, e para mim – fugindo do que Platão quis dizer e muitíssimo distante do que disse Paulo, o apóstolo –, ele me foi, por toda a vida, realmente um cárcere.
A REDE
Certa manhã, quando caminhava pela pastagem observando o gado e as serras em redor, o que fazia sempre quando o sol começava a dar os primeiros bons dias, notou que seu rebanho estava irrequieto, parecia que algo havia-lhe assustado. Procurou em redor mas não viu nada que pudesse causar medo, nenhum animal estranho à fazenda. Sem entender o que se passava com as vacas, aproximava-se delas, tocava-lhes com carinho, mas muitas pareciam assustadas e outras até mesmo deprimidas. Não entendendo mesmo o que havia acontecido, resolveu esquecer, pois já era hora dos peões da fazenda levarem as vacas leiteiras para a ordenha.
O tempo passou e o problema daquela manhã continuou a se repetir e as vacas começaram a emagrecer e a morrer. Com medo de perder todo o seu gado, resolveu investir em um curso de veterinária na capital, como dizia. O curso era dado por veterinários experientes o que lhe fez acreditar que seria de grande proveito para ele. Chegando à capital, logo se vislumbrou com tantas coisas novas que se refletiam em seus olhos. Começou o curso com empenho e dedicação e rapidamente fez amigos, com quem sempre saia para conhecer o mundo que não existia entre suas vacas. Para ele tudo era novidade, agora ele experimentava o mundo do qual tivera sonhos secretos antes de dormir. Nos estudos era exemplar e ficava imaginando como seu pai e ele mesmo, puderam cuidar do gado por tanto tempo sem conhecer todas aquelas técnicas que estava aprendendo. Acreditava que agora iria quadruplicar o seu rebanho e aumentar sua fazenda, e poderia, finalmente, fazer uma reforma no velho casarão. Sonhava à noite antes de dormir, com sua fazenda próspera, seu gado mais gordo, mais feliz. Sua esposa poderia ficar mais atraente com as jóias e vestidos que lhe compraria. Seus filhos iriam estudar na cidade grande, para ver como o mundo é imenso e não se restringe só a terras e gado.
O curso acabou e o vaqueiro voltou para o interior cheio de projetos para pôr em prática tudo que aprendera. Logo que chegou à fazenda fez um grande churrasco para a família e os empregados, para comemorar sua volta. Disse que a partir daquele dia todos iriam ver aquela pequena fazenda se transformar numa imensidão de terras e gado. No outro dia cuidou de suas vacas, empregou técnicas que aprendera no curso e almoçou com satisfação. À tardinha escreveu todo um projeto para a maximização de seu rebanho. Previu tempo de engorda, abate, venda e novas aquisições. No dia seguinte ordenhou as vacas leiteiras, ensinou aos empregados a nova dieta para o gado e caminhou como costumava, na pastagem. À tarde tirou uma longa soneca na rede que sempre deixava na varanda.

UMA HISTÓRIA REAL
Desde os dez anos, eu cultivo uma admiração especial pelos Estados Unidos da América. Minha paixão começava nos filmes, no seu governo, no seu poder, na sua supremacia e se estendia até as revistas em quadrinhos, passando, é claro, pela música. Apliquei-me até no estudo do Inglês, no colégio e em casa. E ainda conversava com vários adultos que conheciam as faces e facetas dos EUA.
Certo dia, quando eu já devia ter meus onze anos, estava folheando a lista telefônica em minha casa, quando algo prendeu minha atenção. Ali estavam, à minha frente, os códigos telefônicos internacionais. Veio de repente a tentação de ligar para meu admirável país. Mas, e o preço? Isso não seria problema, pensei, basta ligar a cobrar. Peguei um pedaço de papel. coloquei o número nove no início, logo em seguida o código de Los Angeles (minha cidade predileta), e ainda uma combinação de cinco dígitos. Fui ao telefone e liguei. Ouvi uma voz feminina do outro lado da linha. Adorei! (mesmo sem entender uma palavra, nem dizer nada). Liguei novamente para o mesmo número. Que legal! Seria a minha expressão infantil de entusiasmo. Repeti o processo mais três vezes.
Um mês é passado, a travessura já em algum lugar no subconsciente, esquecida. Chega a conta telefônica, surpresa! Lá estavam cinco vezes a Palavra Estados Unidos. O custo das ligações? Meus dois olhos. Eu na minha ingenuidade, pensava ter ligado a cobrar. Minha mãe, na sua cumplicidade aos filhos, apenas comentou, mas alertou sobre meu pai. Fiquei apreensivo, não sabia qual seria a sua reação, nem que respostas eu iria dar às suas perguntas. Já estava escurecendo quando ele chegou em casa e nos encontramos. Ele foi logo perguntando, mas calmamente: "Para que você ligou para os Estados Unidos"? Eu, sem uma resposta interessante e satisfatória., balbuciei: "Por... curiosidade". - "Cinco vezes"? Ele pergunta. Fico calado, e para minha felicidade ele estava de bom humor. Não bronqueou nem me pôs de castigo. Mas provavelmente, eu só voltarei a ouvir um americano ao telefone, se alguma criança de lá cometer a mesma travessura, ligando para o Brasil, e acertar o número telefônico da minha casa.
MINHA MÃE LUCÍLIA
Altruísta. Seria esse o adjetivo que eu usaria para definir minha mãe em uma só palavra. Sempre dedicada aos irmãos na juventude, e aos filhos até hoje. Excelente dona de casa e “mãos de fada” na cozinha, seu talento especial, sempre fazendo guloseimas para a nossa alegria. Este ano fará 70 anos, com uma boa vitalidade, ainda que sofra de pressão alta.
De família grande e tradicional em Redenção, interior do Ceará, onde nasceu e morou a maior parte de sua vida. Bastante inteligente, estudou em colégios tradicionais de Fortaleza. Medrosa por excelência, tem medo de escuro, altura, velocidade e outros tantos mais. Sempre teve uma vida muito recatada, talvez por ser muito tímida, o que a sempre fez passar a maior parte do tempo em casa sozinha e quase nunca sair com amigas (que lhe são poucas).
Casou-se aos 22 anos e teve quatro filhos e uma filha, aos quais sempre foi muito devotada. Quase sempre parcial em seus julgamentos, coloca o amor aos filhos acima de tudo. Apego demasiado, mas sincero, às pessoas que ama, pois sempre esqueceu voluntariamente as próprias necessidades para dar-se aos filhos.
Publicado originalmente no jornal O Povo em 10 de maio de 2008.
Obs.: Encontrei a foto acima há alguns anos na coisas da minha mãe. É bem pequena, mas digitalizei e dei uma melhorada no photoshop. Infelizmente é a única foto que minha mãe tem de quando jovem.
PERIFERIA DO REINO
Os sinos da pequena igreja do interior onde nascera replicavam o anúncio de mais um morto. As grandes portas da entrada não eram, sozinhas, suficientemente convidativas, pois ali era velado, pelos poucos que lá se encontravam por se sentirem na obrigação, alguém absolutamente comum. E ninguém gosta dos comuns, são espelhos.
Um dia lhe disseram que os lugares de morada no céu dependiam do número de pessoas em seu velório. Se muita gente, uma morada nobre, se poucas, na periferia do reino. Ele nunca acreditou.
Publicado originalmente no zine Os Putos e as Donzelas # 07 (Jan/Fev de 2006) do grupo literário Luminários.
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