ILLIANA

Illiana - era assim que chamava a si mesma - não agüentava mais a sua existência. Presa, numa caixa de ouro, no fundo do rio Tebas. Tomara consciência de sua existência já há muitas gerações. Era o feto abortado de uma deusa, que, estranhamente, não nascera, e mais ainda, permanecera vivo. Sua consciência ultrapassou o cárcere do corpo. Nas sombras e solidão das geladas águas sonhava com o mundo exterior que jamais iria conhecer, apenas intuía, com seus poderes semi-recebidos, a beleza da Terra e do Olimpo, morada de sua mãe que ousou amar um mortal odiado pelos deuses.